Partido (PMDB) se articula para controlar fundo de pensão
Legenda tenta pela quinta vez indicar diretoria da Fundação Real Grandeza
Alexandre Rodrigues e Mônica Ciarelli, RIO
Alexandre Rodrigues e Mônica Ciarelli, RIO
Está perto do fim a trégua entre os funcionários e a direção de Furnas, comandada pelo PMDB. O partido se articula para tentar novamente tomar conta da administração da Fundação Real Grandeza, o fundo de pensão da estatal.
O grupo político do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) vem se articulando para, após as eleições para três novos membros do conselho deliberativo do fundo, trocar a atual diretoria, cujo mandato termina em outubro. Os funcionários querem a recondução do atual presidente, Sergio Wilson Ferraz Fontes, mas a estatal deve aproveitar para substituí-lo por um nome mais próximo do PMDB, o que já tentou fazer quatro vezes em dois anos.
Em fevereiro, a tentativa da estatal de aprovar no conselho a substituição de Fontes gerou uma rebelião dos funcionários, que ameaçaram entrar em greve. O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), defendeu com veemência a troca de comando na Fundação Real Grandeza, acusando a falta de informações da diretoria para a patrocinadora, mas foi demovido pelo presidente Lula diante da má repercussão. Um acordo entre a estatal e os participantes adiou o tema para outubro, após a eleição de novos representantes dos funcionários no conselho e o fim do mandato dos administradores.
Pelo estatuto da fundação, o atual presidente pode ser reconduzido por mais quatro anos. A expectativa de fontes envolvidas no processo eleitoral é que o PMDB aproveite o fim do mandato de Fontes para indicar uma nova diretoria, de olho no controle do fundo, que tem um superávit de R$ 1,1 bilhão. A indicação dependerá de aprovação do conselho, que tem três eleitos pelos funcionários e aposentados, dois indicados de Furnas e um da Eletronuclear.
O presidente do conselho, Victor Albano Esteves, indicado por Furnas, tem o chamado "voto de qualidade", que desempata. No entanto, funcionários esperam que o indicado da Eletronuclear, Wilson Neves, acompanhe o voto dos participantes do fundo, que serão eleitos no fim deste mês.
Segundo Antônio Maria Claret, coordenador do Intersindical Furnas, alguns dos candidatos das cinco chapas que concorrem às três vagas dos participantes no conselho já se comprometeram a indicar a recondução de Fontes. "A patrocinadora pode apresentar um nome ao conselho e nós também podemos. Vamos para o voto. O entendimento nosso é que o representante da Eletronuclear continue votando com a gente", disse.
Segundo fontes na estatal, o PMDB estaria fazendo gestões na Eletronuclear para pressionar o indicado dela no conselho a votar com Furnas. A direção da estatal, cujo presidente Carlos Nadalutti Filho foi indicado por Cunha, estaria tentando alçar Esteves ao comando da fundação. O presidente do conselho, no entanto, é visto pelos funcionários como "permeável" às pressões políticas do PMDB de Cunha, que estaria interessado mesmo na indicação do gerente de investimentos. O ocupante do cargo, designado pelo presidente, é o responsável direto pela aplicação dos recursos dos 12 mil filiados do fundo. Procurado pelo Estado, Cunha não respondeu aos recados.
O grupo político do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) vem se articulando para, após as eleições para três novos membros do conselho deliberativo do fundo, trocar a atual diretoria, cujo mandato termina em outubro. Os funcionários querem a recondução do atual presidente, Sergio Wilson Ferraz Fontes, mas a estatal deve aproveitar para substituí-lo por um nome mais próximo do PMDB, o que já tentou fazer quatro vezes em dois anos.
Em fevereiro, a tentativa da estatal de aprovar no conselho a substituição de Fontes gerou uma rebelião dos funcionários, que ameaçaram entrar em greve. O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), defendeu com veemência a troca de comando na Fundação Real Grandeza, acusando a falta de informações da diretoria para a patrocinadora, mas foi demovido pelo presidente Lula diante da má repercussão. Um acordo entre a estatal e os participantes adiou o tema para outubro, após a eleição de novos representantes dos funcionários no conselho e o fim do mandato dos administradores.
Pelo estatuto da fundação, o atual presidente pode ser reconduzido por mais quatro anos. A expectativa de fontes envolvidas no processo eleitoral é que o PMDB aproveite o fim do mandato de Fontes para indicar uma nova diretoria, de olho no controle do fundo, que tem um superávit de R$ 1,1 bilhão. A indicação dependerá de aprovação do conselho, que tem três eleitos pelos funcionários e aposentados, dois indicados de Furnas e um da Eletronuclear.
O presidente do conselho, Victor Albano Esteves, indicado por Furnas, tem o chamado "voto de qualidade", que desempata. No entanto, funcionários esperam que o indicado da Eletronuclear, Wilson Neves, acompanhe o voto dos participantes do fundo, que serão eleitos no fim deste mês.
Segundo Antônio Maria Claret, coordenador do Intersindical Furnas, alguns dos candidatos das cinco chapas que concorrem às três vagas dos participantes no conselho já se comprometeram a indicar a recondução de Fontes. "A patrocinadora pode apresentar um nome ao conselho e nós também podemos. Vamos para o voto. O entendimento nosso é que o representante da Eletronuclear continue votando com a gente", disse.
Segundo fontes na estatal, o PMDB estaria fazendo gestões na Eletronuclear para pressionar o indicado dela no conselho a votar com Furnas. A direção da estatal, cujo presidente Carlos Nadalutti Filho foi indicado por Cunha, estaria tentando alçar Esteves ao comando da fundação. O presidente do conselho, no entanto, é visto pelos funcionários como "permeável" às pressões políticas do PMDB de Cunha, que estaria interessado mesmo na indicação do gerente de investimentos. O ocupante do cargo, designado pelo presidente, é o responsável direto pela aplicação dos recursos dos 12 mil filiados do fundo. Procurado pelo Estado, Cunha não respondeu aos recados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário