O Brasil está no 13ª lugar no ranking mundial de publicação de artigos científicos – pouco mais de 2% da produção mundial
A produção científica e tecnológica é um importante indicador de como vai o desenvolvimento de um país e motivar ainda mais o setor é um dos desafios para o próximo presidente da República. Atualmente, o Brasil encontra-se em uma situação melhor do que há algumas décadas, porém continua atrás de países emergentes e desenvolvidos. Segundo dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), lideramos a produção nas Américas e no Caribe e somos o único país da região a investir mais de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) no setor.
O Brasil está no 13ª lugar no ranking mundial de publicação de artigos científicos – pouco mais de 2% da produção mundial. O país fica atrás de nações como Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos e Finlândia. De acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) , divulgada em setembro, a maioria do investimento no setor é pública. Em 2008, 54% dos gastos em pesquisa e desenvolvimento, equivalente a R$ 17,68 bilhões, foram públicos e R$ 15,09 bilhões vieram da iniciativa privada. Dos recursos públicos, R$ 12,07 bilhões foram de órgãos federais e R$ 5,61 bilhões de estaduais.
O número de mestres e doutores em um país é outro indicador sobre os investimentos em ciência e tecnologia. Um levantamento do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), deste ano, constatou que 586 mil brasileiros tinham título de mestre ou doutor em 2008, sendo cerca de 132 mil doutores – equivalente a 1,4 por mil habitantes na faixa etária de 25 a 64 anos. A proporção fica abaixo de países que estão no topo da produção de ciência e tecnologia, como, por exemplo, a Suíça que tinha 23 doutores por grupo de mil habitantes de 25 a 64 anos de idade, em 2003.
As ciências da saúde e humanas concentram a maior parte dos doutores brasileiros, ultrapassando as tradicionais áreas de exatas, terra e engenharias, segundo a pesquisa do CGEE. As instituições do Sudeste são as que mais formam doutores – 106 vezes mais em comparação às da Região Nordeste. O estudo revela que as entidades de educação são as principais empregadoras dos profissionais doutorados. De cada dez doutores, titulados até 2006, oito trabalhavam com educação e um na administração pública.
Em 2009, foram concedidas 70.601 bolsas de pesquisa, sendo 66.824 no Brasil e 3.777 no exterior, segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Por Carolina Pimentel, Agência Brasil
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