quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Tecnologias eletrizantes a bordo do primeiro carro de corrida elétrico

Carro elétrico de corrida

Carros de corrida verdadeiramente competitivos têm que trabalhar sempre no limite entre o desempenho e a confiabilidade.

Não será diferente para os carros elétricos de corrida.

 

O carro de corrida elétrico Lola-Drayson B12/69EV reune um conjunto de tecnologias que tornam o protótipo realmente competitivo.

É o que se pode ver no protótipo apresentado no Reino Unido por um consórcio de 10 empresas, liderado pela Drayson Racing Technologies, e pela Lola Cars.

Como já se discute quando entrará na pista o primeiro Fórmula 1 totalmente elétrico, a equipe Lola-Dyson mostrou que não quer ficar para trás.

Capaz de atingir até 320 km/h, o carro elétrico de corrida, chamado B12/69EV, reuniu um conjunto de tecnologias que tornam o protótipo realmente competitivo.

Entre essas tecnologias destacam-se a "bateria estrutural" - peças do carro que são elas próprias baterias -, o recarregamento das baterias pela suspensão e a captura de energia sem fios a partir da própria pista.

Os materiais químicos que compõem a bateria estrutural são mesclados no próprio compósito. [Imagem: BAE]

Bateria estrutural

Construída pela BAE Systems, a bateria estrutural é construída no interior de algumas das peças de fibra de carbono que compõem a carroceria do carro.

A tecnologia usa a química das baterias de níquel que, embora não seja a mais eficiente de que se dispõe, é compatível com a fibra de carbono, o que permite sua fabricação em virtualmente qualquer formato.

Segundo a BAE, não se trata de enfiar uma bateria fina no meio das placas de fibra de carbono: os materiais químicos que compõem a bateria são mesclados no próprio compósito, permitindo que fabricação em qualquer formato.

O único inconveniente é a baixa densidade energética, equivalente a um terço da energia armazenada em uma bateria comum de carro, do tipo chumbo-ácida, e um décimo de uma bateria de lítio, do tipo usada em celulares e notebooks.

Ainda assim é uma vantagem, uma vez que a bateria é adicionada ao carro virtualmente sem custos em termos de peso, já que ela própria é uma peça do carro, com função estrutural ou aerodinâmica.

A energia fornecida pela bateria estrutural será utilizada para alimentar sistemas eletrônicos do carro, e não para sua propulsão.

Suspensão regenerativa

Outra tecnologia usada no B12/69EV representa um passo à frente dos sistemas regenerativos, também conhecidos como KERS, que usam a energia cinética das frenagens para gerar energia.

A parceira Multimatic construiu um sistema de suspensão regenerativa, com bobinas que foram integradas ao sistema de suspensão do carro.

Isto significa que cada oscilação do carro será aproveitada para gerar eletricidade.

Essa energia ficará armazenada em um capacitor, e será usada para acionar as superfícies aerodinâmicas móveis do carro.

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Entre as tecnologias destacam-se a bateria estrutural, o sistema de recarregamento das baterias em movimento e a suspensão regenerativa. [Imagem: Lola]

Abastecer sem parar

A HaloIPT, uma divisão da Qualcomm, está trabalhando em um sistema para recarregar as baterias principais, que precisam levar o carro até o fim da corrida.

A empresa desenvolveu um sistema de bobinas de cobre, acondicionadas em uma estrutura em barra, que é posicionada no assoalho do carro.

Mantas igualmente contendo bobinas devem ser montadas na pista, o que levanta dúvidas sobre seu uso prático a curto prazo, uma vez que elas exigirão mudanças nos circuitos.

Mas os projetistas afirmam que as bobinas de recarregamento não precisam estar ao longo de toda a pista. Ademais, defendem, a tecnologia precisa ser desenvolvida, uma vez que já há interesse em seu uso nas rodovias e ruas das cidades.

Via Brasil Ecológico


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