Construção de cisternas com mão-de-obra local garante água o ano todo.
A cisterna capta, por meio de uma calha, a água da chuva que cai no telhado da casa.
Quase 300 mil famílias que vivem na região do semi-árido nordestino já conseguiram livrar-se do fantasma da falta de água graças a uma tecnologia simples e de baixo custo: a construção de cisternas para armazenamento da água da chuva. A iniciativa é coordenada pelo governo federal e gerida pela Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA Brasil), um fórum de organizações da sociedade civil com atuação na região.
Uma das famílias contempladas é a da sertaneja piauiense Maria Lúcia Souza. "A cisterna me livrou de buscar água na cabeça", diz ela. "Tenho água toda horinha que eu quiser para beber e cozinhar. Que beleza! A água é de grande serventia."
Iniciado em julho de 2003, o programa tem como meta construir 1 milhão de cisternas e beneficiar 5 milhões de pessoas. Cada reservatório tem capacidade para 16 mil litros de água, que é captada das chuvas por meio de calhas instaladas nos telhados das casas. Se for utilizada de forma adequada, a água dura cerca de oito meses, período em que o semi-árido sofre com a estiagem.
A cisterna é construída por pedreiros das próprias localidades em conjunto com as famílias - essa é a única contrapartida para entrar no programa. O público alvo são pessoas com renda familiar de até meio salário mínimo per capita e que não tenham acesso a água.
Nesse ano, o programa foi expandido e passou a contemplar também escolas municipais de 13 municípios baianos. Foram instaladas 43 cisternas para consumo e outras 43 para produção de hortas nas escolas. O governo espera ampliar em 2010 essa ação para 188 escolas em todo semi-árido.
Fonte: Da redação da revista CYAN
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