No FT, Marina Silva cobra política de metas para emissões
"Não há exemplo no mundo a ser seguido. O Brasil precisa ser o exemplo", afirmou a senadora do PV
Daniela Milanese, da Agência Estado
LONDRES - O Brasil deveria se comprometer com metas de redução de gases poluentes, afirmou a ex-ministra de Meio Ambiente e senadora Marina Silva (AC) ao jornal britânico Financial Times (FT), em entrevista que ganha destaque na edição desta terça-feira. Conforme a publicação, o País deve se comprometer com uma redução de 80% do desmatamento até 2020, mas não está claro se aceitará metas para diminuir as emissões de gás carbônico (CO2) na conferência do clima marcada para dezembro, em Copenhague. A ex-ministra deixou o PT no mês passado e foi para o PV, partido pelo qual deve disputar a Presidência da República em 2010.
"Deveríamos assegurar que o Brasil está comprometido com metas, mas que devem ser globais - não apenas para reduzir o desmatamento, mas para cobrir todos os setores que realizam emissões", disse Marina. Ela defende que a redução dos gases poluentes deve ser parte de um compromisso mais amplo de mudança de modelo econômico nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. No entanto, avalia que falta visão ao governo para mudar a forma como a questão é conduzida. "O Brasil e outros países precisam fazer o ambiente e o desenvolvimento parte da mesma equação e não persistir no pensamento de que um está em oposição ao outro", afirmou a ex-ministra. "Não há exemplo no mundo a ser seguido. O Brasil precisa ser o exemplo."
O Financial Times diz que o País "é um dos grandes contribuintes para o aquecimento global, em razão da grande quantidade de floresta perdida para o cultivo e outras atividades a cada ano". Sob o comando de Marina, o desmatamento desacelerou fortemente, aponta o jornal. A ex-ministra acredita que uma liderança do Brasil nessa área encorajaria outros países, como China, Índia, África do Sul e México, a seguirem a mesma linha.
"Deveríamos assegurar que o Brasil está comprometido com metas, mas que devem ser globais - não apenas para reduzir o desmatamento, mas para cobrir todos os setores que realizam emissões", disse Marina. Ela defende que a redução dos gases poluentes deve ser parte de um compromisso mais amplo de mudança de modelo econômico nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. No entanto, avalia que falta visão ao governo para mudar a forma como a questão é conduzida. "O Brasil e outros países precisam fazer o ambiente e o desenvolvimento parte da mesma equação e não persistir no pensamento de que um está em oposição ao outro", afirmou a ex-ministra. "Não há exemplo no mundo a ser seguido. O Brasil precisa ser o exemplo."
O Financial Times diz que o País "é um dos grandes contribuintes para o aquecimento global, em razão da grande quantidade de floresta perdida para o cultivo e outras atividades a cada ano". Sob o comando de Marina, o desmatamento desacelerou fortemente, aponta o jornal. A ex-ministra acredita que uma liderança do Brasil nessa área encorajaria outros países, como China, Índia, África do Sul e México, a seguirem a mesma linha.
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