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O cartunista Glauco Villas Boas, 53, foi morto a tiros na madrugada desta sexta-feira (12), em Osasco (SP). Glauco foi alvejado com quatro tiros à queima roupa.
O cartunista Glauco Villas Boas, 53, foi morto a tiros na madrugada desta sexta-feira (12), em Osasco (SP). Glauco foi alvejado com quatro tiros à queima roupa.
O filho dele, Raoni Villas Boas, 25, que chegava da faculdade, também foi morto. Glauco e seu filho chegaram a ser socorridos e levados ao hospital Albert Sabin, no bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo, mas não resistiram aos ferimentos e morreram.
As informações foram repassadas pelo advogado da família, Ricardo Handro. Segundo ele, o crime aconteceu por volta de meia-noite. Os dois homens que invadiram a casa estavam transtornados e aparentemente drogados, contou Handro.
De acordo com o advogado, no momento do crime, o cartunista descansava em casa com a família. A esposa, Beatriz Galvão, está em estado de choque, disse o advogado. Ninguém foi preso até o momento. A polícia investiga a participação de uma terceira pessoa na ação.
O caso foi registrado no 1° DP de Osasco e os corpos do cartunista e do filho foram encaminhados para o IML da cidade. A família aguarda a liberação do corpo para marcar o velório e o enterro das vítimas. Segundo o advogado, a família pede que o velório seja reservado. Já o enterro será liberado.
Glauco era padrinho fundador da igreja Céu de Maria. Familiares e amigos deverão velar o cartunista e seu filho nesta igreja, da doutrina do Santo Daime.
Perfil
Glauco é conhecido por suas charges publicadas desde 1977 no jornal Folha de São Paulo. Criador de personagens como Dona Marta, Zé do Apocalipse, Doy Jorge, Geraldinho e Geraldão, seu ingresso no jornalismo se deu nos anos 70, graças ao jornalista Hamilton Ribeiro, que dirigia o "Diário da Manhã", em Ribeirão Preto, e tirou o paranaense da fila do vestibular para Engenharia.
Glauco é conhecido por suas charges publicadas desde 1977 no jornal Folha de São Paulo. Criador de personagens como Dona Marta, Zé do Apocalipse, Doy Jorge, Geraldinho e Geraldão, seu ingresso no jornalismo se deu nos anos 70, graças ao jornalista Hamilton Ribeiro, que dirigia o "Diário da Manhã", em Ribeirão Preto, e tirou o paranaense da fila do vestibular para Engenharia.
Alguns anos mais tarde, em 1976, a premiação no Salão de Humor de Piracicaba abriu as portas do jovem cartunista para a grande imprensa. Em 1977, Glauco começou a publicar suas tiras esporadicamente na Folha de S. Paulo. A partir de 1984, quando a Folha dedicou espaço diário à nova geração de cartunistas brasileiros, Glauco passou a publicar suas charges periodicamente.
* Com informações da Folha Online
Geraldão
Geraldão é o principal personagem criado por Glauco, solteiro, na faixa dos 30 anos, ele ainda é virgem e mora com a mãe, com quem tem uma relação neurótica. Geraldão bebe, fuma bastante, toma os remédios que encontra pela frente e adora atacar a geladeira. O personagem foi criado para o livro "Minorias do Glauco", lançado em 1981.
Geraldinho
Geraldinho é a versão criança do Geraldão. Ao invés de beber, fumar e tomar remédios, ele é viciado em refrigerantes, TV e sorvete. Seus amigos inseparáveis são o cachorro Cachorrão e do gato Tufinho. Geraldinho foi criado especialmente para a Folhinha.
Netão
Netão foi o primeiro quadrinho criado por Glauco para a internet. Ele surgiu em maio de 2000, feito especialmente para o UOL. O nome Netão é uma referência à palavra net. O personagem tem cerca de 30 anos e vive "internado" em um apartamento com a mulher. Netão tem compulsão por salas de bate-papo e, sem nunca tirar seu pijama, passa boa parte do seu tempo envolvido em traições virtuais.
Dona Marta
Dona Marta é uma daquelas moças educadas à moda antiga e, de tanto esperar pelo homem ideal, acabou ficando para titia. Quando se deu conta de que não arrumaria um namorado, ela passou a cantar todos os que encontra. A personagem foi criada 1981, também para o livro "Minorias do Glauco".
Casal Neuras
Criado em 1984, o casal é formado por uma mulher não submissa e por um homem que faz pode de liberal mas, no fundo, morre de ciúmes dela. Os dois são chamados de Neurinha, ela e ele. Os personagens foram baseados no primeiro casamento de Glauco.
Zé do Apocalipse é uma espécie de profeta brasileiro, que acredita que o país é a terra do novo milênio. O personagem acredita ser o porta-voz dessa nova era e prega suas ideias em todo o lugar. Zé foi inspirado em um amigo de Glauco que vivia em uma comunidade alternativa.
O personagem é uma homenagem ao cineasta Glauber Rocha e ao cinema novo. Edmar nunca terminou um filme e seu único contato com o cinema foi ter sido responsável pelos efeitos especiais de "Terra em Transe".
Doy Jorge
Doy Jorge é um roqueiro que não se deu bem na carreira e se deixou levar pelas drogas pesadas. O personagem foi criado nos anos 80 para as revistas do "Geraldão" e também teve suas tiras publicadas na Folha.
Zé Malaria
Zé é um antropólogo que estudou a mata, mas nunca foi a campo e morre de medo de cobras, aranhas e bichos em geral. Seu instrumento de trabalho é um inseticida que devasta a floresta.
Ficadinha
Criada em 2000 para integrar um canal do UOL direcionada para a sexualidade de jovens, Ficadinha é uma adolescente contemporânea. Ela tem 17 anos, mora com os pais e tem vários "ficantes".
Faquinha
Faquinha nunca conheceu os pais e foi criado por Facão, um perigoso traficante. Faquinha entrou para o mundo do tráfico e vive sendo perseguido pela polícia e por grupos de extermínio.
Nojinsk
Nojinsk vive num deserto com seu tapete mágico sempre fugindo dos americanos e de grupos extremistas que o confundem com terroristas. O personagem é, na verdade, um comerciante de camelos, odaliscas, haxixe e tapetes-voadores.
Ozetês
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