Crédito/Fotógrafo: google imagens
Um carro a gasolina gera 25 quilos de fuligem por ano. Na Terra existem 650 milhões deles. Lata suficiente para dar a volta ao mundo 45 vezes. E empestear o planeta com mais de 1 milhão e meio de toneladas de fuligem a cada 12 meses.
Dentre todas as fontes, o carro é o que mais polui o ar. No Brasil, não se sabe quantas pessoas morrem vitimas da poluição atmosférica mas, nos EUA, são mais de 3 mil a cada ano. Comprovadamente.
As atividades humanas chutam para o ar gases tóxicos e partículas sólidas, todos os dias. São fumaça (da queima de madeira, cigarros, folhas secas e óleos de fornos domésticos e industriais), monóxido e dióxido de carbono e chumbo (dos veículos), dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio (do carvão de fornos e caldeiras), silício (das pastilhas de freio dos carros), benzeno (de indústrias químicas), borracha de pneus, poeiras, cinzas e outras emissões.
Na cúpula de muitas cidades paira uma verdadeira lama atmosférica. Embaixo dela, vivem as pessoas.
Algumas conseqüências:
Bronquite, pneumonia, enfisema, doenças cardiovasculares e alergias, alguns tipos de câncer relacionados ao benzeno e, em casos extremos, anencefalia (ausência ou atrofia do cérebro em recém-nascidos) em cidades com alta poluição do ar como Cubatão (SP) e Araucária (PR), até recentemente.
O monóxido e carbono é o mais nocivo, causando vômitos, tontura, redução dos reflexos e da acuidade visual.
O dióxido de nitrogênio, dores de garganta, tosse, falta de ar, enfisema e alergias.
O chumbo afeta os sistemas nervoso (convulsões e redução do aprendizado em crianças) renal, circulatório e reprodutor.
As partículas mais grossas sujam ruas e telhados, reduzem a absorção de raios solares, diminuem a visibilidade e provocam corrosão em metais. As partículas mais finas, chamadas aerosóis, penetram o sistema respiratório, induzindo à asma e doenças do coração.
Quando chove, esta mistura de gases e partículas é levada ao solo, rios e lagos, alterando a saúde das plantas e outros animais.
A emissão destes poluentes relacionam-se ainda com a redução da camada de ozônio, com a chuva ácida e com o efeito estufa, todos eles motivo das piores dores de cabeça de todos os ambientalistas do planeta.
Os poetas costumam usar a expressão atmosfera pesada quando querem dizer que o ambiente está tenso. Neste caso, sem poesia, a coisa está feia.
Que fazer para melhorar:
Nunca queime folhas e galhos. Enterre-os. São excelentes adubos;
Utilize o menos possível o carro ou moto, principalmente no inverno, quando a dispersão dos poluentes é mais difícil;
Deixe o carro ou moto pelo menos um dia da semana em casa;
Caminhe, vá de bicicleta ou ônibus. Com 1 litro de combustível, um carro leva uma pessoa por 9 Km mas, com 1 litro de combustível, um ônibus leva 40 pessoas (1 pessoa pelo equivalente a 50 Km);
Mantenha o veículo regulado. Evite válvulas e filtro de ar sujos;
Use só veículos com catalisadores;
Desligue o motor nos congestionamentos;
Nunca fique acelerando enquanto espera o semáforo abrir;
Descubra trajetos e horários onde o trânsito flui melhor;
Exija das autoridades o controle das emissões de gases;
Mobilize-se para a cidade ter relógios que marquem a qualidade do ar;
Sugira a medição periódica do nível de gases da garagem de seu prédio;
Não freqüente shoppings que não informem a qualidade do ar da garagem;
Plante tantas árvores quanto possível;
E nunca espere o vizinho começar porque ele sempre estará esperando você.
Fonte: http://www.cheida.com.br/recado.php?idrecado=96
Luiz Eduardo Cheida é médico, Deputado Estadual e Secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná. Premiado pela ONU por seus projetos ambientais é membro titular do CONAMA ( Conselho Nacional do Meio Ambiente) e do Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Foi prefeito de Londrina e presidente da Comissão de Ecologia da Assembleia Legislativa do Paraná.
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Rua Desembargador Motta, 3384 - 80430-200 - Curitiba - PR
Fone (41) 3304-7700.
Nenhum comentário:
Postar um comentário